domingo, 15 de junho de 2014
Apologia ao sentir
Tem gente, que tem casca. Não por mal, às vezes, nem por intenção. Apenas tem.
Tem gente, que ranca casca. Nem sempre por opção. Mas ranca.
Por vezes tentamos esconder quem somos, não numa tentativa infiel de mostrar quem não somos, e sim de proteger quem somos. Talvez esse seja o maior de nossos erros.
Aprendi, depois de muitas cicatrizes, que com o tempo nós aprendemos a identificar quem é que merece uma chave para entrar. Esses tais "chaveiros", são pessoas que aparecem do nada. Não desse tipo que chegam pra fazer uma bagunça, e deixar tudo de cabeça pra baixo, muito pelo contrário. Esses tais, são exatamente quem colocam tudo no lugar, talvez no momento errado, ou no momento certo. Não sei.
Às vezes, temos que passar por situações as quais achamos não estar preparados, para ter a certeza de que não só estamos preparados, como é aquilo pelo qual estamos lutando, todos os dias de nossas vidas. Talvez não de forma correta, se é que existe forma correta pra lutar pelo que se quer, mas com toda certeza, da forma que sentimos, afinal, nada mais justo que perder nossas cascas mostrando o que queremos.
Desejar gritar aos quatro ventos é talvez o maior de todos desejos, não para mostrar aos outros, mas sim para dizer que "-Olá, eu tô aqui, e isso é o que eu sinto! Tudo bem?!". O que NUNCA é fácil, e muito menos dotado de uma certeza ou razão.
Existem vários tipos de pessoas, bem como de sentimentos, e de formas de sentir. Mas, creio que a mais "difícil" de todas, é aquela que não sabe nem como se expressar, pois, devemos expressar, devemos sentir, devemos chorar, devemos sofrer, e sobretudo, devemos falar.
Que não se repreenda mais aqueles que amam, aqueles que sentem, aqueles que mostrar ter alma, e um coração - tendo ele dono, ou não. Pois, nesse mundo, nada é pior do que o medo. Medo de ser, medo de ter, medo de sentir e o pior, medo de mostrar tudo isso.
Me perdoem por talvez não saber me expressar de forma correta, mas, nós aprendemos a falar, a correr, a ler, a ouvir, mas, o pai que ensina a sentir, se chama Tempo, e que nele, se ame até não ter mais por onde amar.
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