quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Porta errada


  Por vezes nos perguntamos o que estamos fazendo nesse mundo, que acordamos todos os dias e temos obrigações para cumprir. Mundo este que nos fere sem ver, só de andar descalço e sem armadura.
  Vem cá, mundo! Acordo por quê? O que você quer de mim?
  Ah, se fosse só um, ou dois que estivessem assim...
  Viemos sem pedir e sem saber a missão, vivemos uma vida de conflitos, tentando desviar dos obstáculos quando muito cansados das próprias lutas, tudo isto, pra chegar à um patamar definido por sabe-se quem, para fazer sabe-se o quê.
  Sabe mundo... Às vezes cansa. Ficar por aí, abrindo o coração, sendo gente de verdade, de carne, osso e muito sentimento, e não de aço e pedra. Cansa percorrer o labirinto e chegar à várias portas, mas nenhuma saída.
  O que resta pra mim, mundo, se não continuar correndo e procurando novas portas?
  Era pra ser assim mesmo, ou eu entendi o guia de vida errado?

  Manda sinal de fumaça, mensagem em sonho, papel no meio do caminho, qualquer aviso, só pra saber que essa corrida e essas lutas não são em vão. Só pra saber que o continuar vai valer a pena.

  Não esquece de mim, Mundo.