Uma vez, um amigo me disse que eu devia parar de importar com os outros, que eu ficava confusa com isso, e devia apenas sorrir, mesmo quando queria chorar, pois assim eu me acostumaria a ser feliz.
Eu sempre quis não precisar de ajuda, das pessoas, de nada que não viesse de mim mesma. Acho que não vou mudar nunca. . .
As minhas incertezas na maioria das vezes me corroem. Os meus sonhos que são quase impossiveis se tornam torturantes quando eu não consigo acreditar que consigo. Preciso falar do tamanho do buraco no meu peito?
O que mais machuca, é ver aqueles poucos que se preocupam de verdade comigo se crucificando por acharem que é deles a culpa de eu estar assim. Não tenho nem ao menos a coragem de dizer que é em parte por conta desses, seria muita hipocrisia da minha parte...
Sempre ajudo alguém a sair do buraco, mas parece que quando eu tento sair do meu, só consigo escavar mais ainda.
Chegou a hora tão esperada, tão desejada, por mim.
Olhar pros lados, segurar nas paredes escorregadias, e subir, até alcançar a luz. Não só uma satisfação minha, de alguns que sei que ficarão felizes com isso.
Pois digo, a culpa foi de quem me deu asas, agora eu vou voar.
Vic Melo